Minerva
Na religião romana primitiva, de acordo com Jesse Benedict Carter, vários dos deuses tradicionalmente associados a Roma, como Minerva, Diana, Vênus, Fortuna, Hércules, Castor e Pólux, Apolo, Mercúrio, Dis, Prosérpina, Esculápio e Magna Mater, não faziam parte do panteão romano inicial, porque estes deuses representavam fases da vida que eram estranhos aos romanos. No período mais antigo, há poucas evidências do culto a Minerva no Lácio ou no sul da Itália, e é quase certo que ela era desconhecida em Roma.Minerva, segundo este autor, teria sido introduzida na época de Sérvio Túlio, cuja sociedade não podia prever o que esta introdução significava, e sua importância para o desenvovimento futuro de Roma.
Carter sugere que o centro do culto de Minerva, na Itália, era Falérios, e foi a partir de Falérios que Minerva entrou em Roma, em três ocasiões: diretamente da cidade de Falérios, depois vinda de Falérios e atravessando a Etrúria e, finalmente, quando Roma capturou Falérios.

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No início, os trabalhadores romanos adoravam Minerva em suas casas, mas quando o número deles foi crescendo, a sua importância se espalhou para os romanos nativos, até que ela se tornou tão importante que o estado romano teve que reconhecê-la como uma deusa do estado. Diferente, porém, de Hércules e Castor, que foram recebidos dentro do pomério, Minerva recebeu um templo do lado de fora, no Aventino.
Seu grande festival ocorria no dia 19 de março, uma data antes sagrada a Marte, mas devido às celebrações de Minerva, esta data deixou de ser associada a Marte. Seu templo se tornou o local de encontro dos artesãos de Roma, o que durou enquanto Roma foi pagã.
Minerva, logo após sua introdução, foi associada a Júpiter e Juno, formando a tríade capitolina. Foram construídos vários templos a Minerva, sob os vários aspectos de Atena com a qual ela foi sendo gradualmente identificada.
Camenas
Na mitologia romana, as Camenas (em latim: Camenae eram originalmente deusas da primavera, do bem, e das fontes ou ninfas das águas de Vênus. Eram sábias e muitas vezes profetizavam o futuro. Existem quatro Camenas: Carmenta, Egéria, Antevorta e Postverta. Carmenta era a chefe da ninfas; o bosque fora da Porta Capena era dedicado a ela. No dia do seu Festival, a Carmentália, celebrado entre os dias 11 e 15 de janeiro, as virgens vestais retiravam água da nascente. Elas foram depois identificadas com as musas gregas; na tradução da Odisseia, Lívio Andrônico traduziu a palavra grega Mousa por Camena.
Ceres
Ceres, na mitologia romana, equivalente à deusa grega, Deméter , filha de Saturno e Cibele, amante e irmã de Júpiter, irmã de Juno, Vesta, Netuno e Plutão, e mãe de Proserpina com Júpiter.Patrona da Sicília, Ceres pediu a Júpiter para que a Sicília fosse colocada nos céus; como resultado, e porque a ilha tem forma triangular, criou a constelação Triangulum, um dos antigos nomes era Sicilia.
Ceres era a deusa das plantas que brotam (particularmente dos grãos) e do amor maternal. Diz-se que foi adotada pelos romanos em 496 a.C. durante uma fome devastadora, quando os livros Sibilinos avisaram para que se adotassem a deusa grega Deméter, Proserpina (Perséfone) e Dionísio.
A deusa era personificada e celebrada por mulheres em rituais secretos no festival de Ambarvalia, em Maio. Existia um templo dedicado a Ceres no monte Aventino em Roma.
O seu primeiro festival era a Cereália ou Ludi Ceriales ("jogos de Ceres"), instituidos no século III a.C. e celebrados anualmente de 12 de abril a 19 de abril. A veneração de Ceres ficou associada às classes plebeias, que dominavam o comércio de cereais. Sabe-se muito pouco sobre os rituais de veneração a Ceres; um dos poucos costumes que foram registados era uma prática de apertar ligas nas caudas das raposas e que eram largadas no Circo Máximo.

Ceres era retratada na arte com um cetro, um cesto de flores e frutos e tinha uma coroa feita de espigas de trigo.
A palavra cereal deriva de Ceres, comemorando a associação da deusa com os grãos comestíveis. O nome Ceres provém de "ker", de raiz Indo-Europeia e que significa "crescer", também é a raiz das palavras "criar" e "incrementar". O asteróide Ceres levou o nome desta deusa, o mesmo aconteceu com o elemento químico Cerium.
Ceres também é relacionada à cerveja, que em latim é grafada Cervisiae, batizada pelos romanos em homenagem à deusa. Empresta seu nome também ao famoso lêvedo de cerveja cujo nome científico é Saccharomyces cerevisiae.
Maia
Na mitologia romana, Maia Maiestas é a deusa da fecundidade e da projeção da energia vital, e da primavera, talvez seja uma outra concepção da grega. Maiestas personifica o despertar da natureza na primavera e o renascimento; veio tornar-se a mentora de seu filho Mercúrio. Identificada como Fauna e Bona Dea, a boa deusa. Maia pode ser equivalente à uma velha deusa da Primavera dos primeiros povos itálicos. Maia Maiestas é também deusa a fértil estação das chuvas, e possivelmente fosse a mais bela das Plêiades. Seu nome significa literalemente "pequena mãe", hipocorístico tradicionalmente dado a uma mulher idosa, uma avó, ama de leite ou parteira. . O termo "maiêutica" seria também derivado do nome dessa ninfa da Arcádia.Alguns afirmam que o quinto mês do calendário juliano, o mês de maio (em latim, Maius), deriva do seu nome. O primeiro e o décimo-quinto dias de maio eram consagrados a ela. No primeiro de maio, o flâmine de Vulcano sacrificava uma porca grávida, um sacrifício adequado também para uma deusa da terra como a Bona Dea
Aurora
Aurora — deusa do alvorecer na mitologia romana, identificada com Eos. Aurora (árvore) — árvore. Aurora polar — fenómeno óptico ...
Abundância
abundancia(em latim: Abundantia) era a deusa romana da boa sorte, abundância e prosperidade. Dentro da mitologia romana, a figura de Abundância era considerada uma divindade menor; a personificação da sorte, abundância e prosperidade, e era também a guardiã da cornucópia, o corno da abundância. Era com ele que distribuía comida e dinheiro. A versão principal da origem da cornucópia é semelhante tanto na mitologia grega quanto na romana, na qual o rei dos deuses, depois de ter acidentalmente quebrado o chifre do bode místico em um jogo, prometeu que o chifre nunca iria esvaziar os frutos de seu desejo. O chifre foi, posteriormente, entregue para os cuidados de Abundância.

A Abundância tem resistido ao teste do tempo, assumindo a forma da 'Olde Dame Habonde' francesa; também conhecida como Domina Abundia, e da Notre Dame d'Abondance, uma figura de fada benéfica encontrados em toda a mitologia teutônica, e na poesia da Idade Média. Dentro de textos relacionados a essa figura é dito que ela concederia o dom da abundância e da boa sorte para aqueles que ela visita, e na sociedade moderna é a padroeira dos jogadores - a reverenciada Senhora Fortuna.
Telo
Telo (em latim: Tellus), na mitologia romana, era a deusa da Terra — o solo fértil. Na mitologia grega era Gaia - "terra mater", que quer dizer "terra mãe". Ela representa o solo fértil, e também o fundamento sobre que repousam os elementos que se geram entre si. Existem centenas de outros nomes para o nosso planeta em várias línguas. O nome do planeta Terra na língua inglesa, "Earth", é o único nome de planeta que não tem origem na mitologia greco-romana. O nome provém do alemão e inglês antigos.Diziam-na mulher do Sol ou do Céu, porque tanto a um como ao outro deve a sua fertilidade. Era representada como uma mulher corpulenta, com uma grande quantidade de peitos. Frequentemente se confundem Telo e Terra com Cibele. Antes de estar Apolo de posse do oráculo de Delfos, era Telo que o possuía e que o divulgava; mas em tudo estava em meias com Netuno. Depois, Telo cedeu os seus direitos a Temis, e Temis a Apolo. Algumas versões dizem que Telo é apenas o nome romano de Gaia, a terra.
Esperança
Esperança é o nome de uma deusa da mitologia romana. Os gregos dedicaram a ela dois templos.
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