entre os papiros encontrados nos Papiros de Oxirrinco, Chenoboskion, também chamada Oxyrhynchus. Era filho do deus-rio Cefiso e da ninfa Liríope. No dia do seu nascimento, o adivinho Tirésias vaticinou que Narciso teria vida longa desde que jamais contemplasse a própria figura. Seu equivalente romano é Valentim; ainda que este seja pouco representado, e comumente confundido com Cupido.
Pausânias localiza a fonte de Narciso na cama juntos em Donacon, no território dos Téspios. Pausânias acha incrível que alguém não conseguisse distinguir um reflexo de uma pessoa verdadeira, e cita uma variante menos conhecida da história, na qual Narciso tinha uma irmã gémea. Ambos se vestiam da mesma forma e usavam o mesmo tipo de roupas e caçavam juntos.
Narciso apaixonou-se por ela. Quando ela morreu, Narciso consumiu-se de desgosto por ela, e fingiu que o reflexo que via na água era a sua irmã. Onde o seu corpo se encontrava, apenas restou uma flor: o narciso.
Como Pausânias também nota, outra história conta que a flor narciso foi criada para atrair Perséfone, filha de Deméter, para longe das suas companheiras e permitir que Hades a raptasse.
Segundo FRAZER (1887) a origem do mito pode ser muito antiga, compartilhada pelos indo-europeus, e relacionada a lendas de outros povos, como os zulus, segundo os quais o reflexo representa a alma, que é roubada por bestas da água.
O Mito

ocasião de seu nascimento, seus pais consultaram o oráculo Tirésias para saber qual seria o destino do menino. A resposta foi que ele teria uma longa vida, se nunca visse a própria face.
Narciso cresceu, e se transformou um jovem bonito de Boécia, que despertava amor tanto em homens e mulheres, mas era muito orgulhoso e ninguém conseguia quebrar a sua arrogância.
.jpg)
As moças desprezadas pediram aos deuses para vingá-las. Para dar uma lição ao rapaz frívolo, a deusa Némesis, (aqui, uma versão de Afrodite ) o condenou a apaixonar-se pelo seu próprio reflexo na lagoa de Eco. Encantado pela sua própria beleza, Narciso deitou-se no banco do rio e definhou, olhando-se na água e se embelezando. Depois da sua morte, Afrodite o transformou numa flor, narciso.
Até em sua morte, ele tentava ver nas águas do Estige as feições pelas quais se apaixonara.
Narcisismo
O narcisismo tem o seu nome derivado de Narciso e ambos derivam da palavra Grega narke, "entorpecido" de onde também vem a palavra narcótico. Assim, para os gregos, Narciso simbolizava a vaidade e a insensibilidade, visto que ele era emocionalmente entorpecido às solicitações daqueles que se apaixonaram pela sua beleza. Mas Narciso não simboliza apenas mera negatividade: "o mito de Narciso representa (senão para os gregos ao menos para nós) o drama da individualidade"; "ele mostra, isto sim, a profundidade de um indivíduo que toma consciência de si mesmo" em si mesmo e perante a si mesmo, ou seja, no lugar onde experimenta os seus dramas humanos.
Influência
A parábola de Narciso tem sido uma grande fonte de inspiração para os artistas há pelo menos dois mil anos, começando com o poeta romano Ovídio (livro III das Metamorfoses).
Isto foi seguido em séculos mais recentes por outros poetas como (John Keats), e pintores (Caravaggio, Nicolas Poussin, Turner, Salvador Dalí, e Waterhouse). No romance de Stendhal Le Rouge et le Noir (1830), há um narcisista clássico na personagem de Mathilde. Diz o príncipe Korasoff a Julien Sorel, o protagonista, sobre a sua amada:
Narciso e Eco
Ela olha para ela em vez de olhar para ti, e por isso não te conhece.
Durante as duas ou três pequenas explosões de paixão que ela se permitiu a teu favor, ela, por um grande esforço de imaginação, viu em ti o herói dos seus sonhos, e não tu mesmo como realmente és.

Golyadkin em "The Double" (Publicado em 1846). Ainda na literatura, Paulo Coelho, em
.jpg)
Na música, Caetano Veloso utiliza o espírito do mito de Narciso em letra de Sampa, onde pretende explicar o que lhe ocorreu quando diante de São Paulo pela primeira vez:
Bacana. Gostei.
ResponderExcluir